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O bastião da invencibilidade

Bob Paisley: O primeiro treinador a vencer três Copas dos Campeões

Paisley sucedeu Bill Shankly, uma lenda viva do futebol, e soube escrever a sua própria história com letras de ouro. Bob Paisley é um dos homens mais importantes da história do futebol. E também um dos treinadores mais esquecidos.

“É a segunda vez que bato nos alemães. A primeira foi em 1944, quando entrei pela cidade montado num tanque do exército no dia da libertação”. Com simples e honestas frases como esta, Bob Paisley tornou-se num dos maiores mitos do futebol moderno. É o técnico com mais títulos conquistados no futebol britânico se for levado em conta a porcentagem de temporadas disputadas. Venceu catorze troféus numa carreira que não durou sequer uma década. Ofuscado pelo forte caráter do seu antecessor, um verdadeiro pastor de homens nesse pasto inesquecível que era a Kop de Anfield Road, a verdade é que Paisley marcou a era dourada do futebol inglês. Se muitos atribuem a Bill Shankly a paternidade do “Espírito Liverpool”, foi sob o comando do modesto Paisley que o clube viveu as suas maiores épocas de glória. Herdou uma equipe preparada para vencer e conseguiu alcançar os objetivos que tantas vezes escaparam no passado. Resistiu à rápida ascensão de Brian Clough como treinador do Nottingham Forest e voltou a impor a sua liderança quando Liverpool era já uma cidade entregue ao desespero de uma crise econômica que acabaria com a sua hegemonia histórica. No meio dessa encruzilhada histórica, Paisley soube estar à altura de todos os desafios.

Ganhou mais títulos do que qualquer outro treinador no menor espaço de tempo. Foi o primeiro treinador a vencer três Copas dos Campeões Europeus. Shankly, o seu amigo e antecessor, não havia vencido nenhuma. A essa galeria de troféus europeus seguiram-se ligas, FA Cups, Copas da Liga, Supercopas da Europa e dois times que ajudou a montar, trocando as peças mais importantes no momento exato. Perdeu a Keegan, trouxe a Dalglish. Foi-se o meio-campo montado por Shankly e chegaram Souness, Hansen e companhia. Grobelaar sucedeu a Clemence, Rush a Toshack. Tudo sob seu olhar cirúrgico e da sua liderança ferrenha, bem diferente da empatia habitual de um Shankly sempre condicionado pela sua consciência proletária.

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Jornalista e escritor. Autor dos livros “NOITE EUROPÉIAS”, “SONHOS DOURADOS”, “SUEÑOS DE LA EURO” e “JOHA: A ANATOMIA DE UM GÊNIO”.Futebol e Política têm tudo a ver, basta conectar os pontos.O coração de menino ficou no minuto 93 da final de Barcelona.Estudou comunicação na Universidade do Porto e morou mais de uma década em Madri.

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