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Mangueball

Do caos à lama. Dos palcos às arquibancadas. Modernizar o passado é uma evolução musical.” Essas são as primeiras estrofes de “Monólogo Ao Pé De Ouvido”, música de abertura do disco ‘Da Lama ao Caos’, álbum de estréia de Chico Science & Nação Zumbi (CSNZ). Banda seminal para cena musical conhecida como Mangue Beat.

Mais do que simplesmente modernizar o passado através da evolução musical, os “mangueboys” Chico Science, Fred Zero Quatro do Mundo Livre S/A — outra banda fundamental —. Renato L, Mabuse, Héder Aragão e outros abnegados, resgataram um orgulho outrora marginalizado.

Surgido em Recife, capital do estado de Pernambuco, em meados dos anos ‘90, o Mangue Beat foi uma cena cultural que tinha como propósito resgatar o orgulho das tradições nordestinas, outrora esquecidas. Com a parabólica fincada na lama, o Mangue Beat “captou” as tradições culturais de Recife, incorporando-as às tendências e estilos da música mundial, e criou não só uma sonoridade, mas também uma estética cultural.

E o Mangue Beat é justamente isso: a mistura de ritmos tradicionais de Pernambuco, como o maracatu rural, frevo e a ciranda, com a cultura pop, e, sobretudo, o rock’n’roll e a cultura hip-hop. Mas sua profundidade extrapolou o cosmopolitismo sonoro. Do movimento foi gerado um manifesto do Mangue Beat, escrito e idealizado por Fred Zero Quatro, intitulado “Caranguejos com Cérebro”, Fred se inspirou no ‘Manifesto Punk’ de 1982, escrito por Clemente Nascimento, vocalista e líder da banda Inocentes, uma das principais bandas do gênero do Brasil. Clemente diz no programa ‘Heavy Lero’ sobre CSNZ — programa gravado com Gastão Moreira no Youtube —, que Fred Zero Quatro revelou pessoalmente a ele a inspiração no ‘Manifesto Punk’ para escrever o manifesto Mangue.

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Jornalista e calouro escritor. Autor de “Da Vinci e a Santa Seleção“. Apaixonado por futebol, quadrinhos, música e literatura, não necessariamente nesta ordem. Apresentador do programa “Casual Football”, se arrisca também falando de rock and roll e seus gêneros no “I Wanna Rock”. Colecionador compulsivo de livros e discos. Acredita que o futebol no vídeo game até seja legal, mas nada se compara ao futebol de rua com golzinhos de chinelos.

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