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Bandeira Branca

E um “T” de Timão

Comecei a ir ao estádio sozinho com 11 anos. Na época, menores de 12 anos não pagavam para entrar no jogo, mas precisavam estar acompanhados por um adulto responsável. Como eu e meus amigos gostávamos de nos aventurar sem a presença dos nossos pais, chegávamos na fila dos ingressos e íamos cutucando joelho por joelho dos adultos presentes. “Ei, você aí, me acompanha?”

Era difícil que alguém negasse o pedido, tamanho o brilho que tínhamos nos olhos, sedentos pela aventura do jogo. No entanto, alguns destes adultos se aproveitavam de nossa condição para pedir algo em troca, sabendo que as crianças não passavam por revista da polícia. Os favores variavam, um dia a missão poderia ser a de carregar um rojão pra dentro, em outro um amendoim pra vender ou até mesmo algo pra ser fumado lá dentro, de maneira recreativa.

Quando finalmente completei meus 12 anos, idade que me emanciparia ao status de torcedor autônomo, minha mãe, dona Ana, também corintiana, costurou uma linda bandeira e me deu de presente. A bandeira tinha exatamente dois metros de largura por três e meio de altura, toda branca com um T, de Timão, bem no centro.

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