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O inimigo “incomum”

Kasımpaşa, o clube mais odiado de Istambul

Morrer odiando-os, liberdade era isso”, assim, sucintamente, pode-se resumir a relação de Winston Smith com o Grande Irmão e o sistema político, no livro 1984. Já a relação de Kasımpaşa — tanto o bairro de Istambul, quanto o clube de futebol lá existente — com o restante da cidade e os torcedores do trio de ferro turco é mais complexa de se sintetizar e, ainda assim, o sentimento de ódio libertador consegue ser nítido como na obra-prima de George Orwell, graças à figura do “Kasimpasali” Erdoğan.

Em 1954, quando o presidente turco nasceu, o Kasımpaşa SK vivia seus derradeiros anos entre os times da elite turca, antes de um longo hiato de mais de quatro décadas, até o seu retorno à primeira divisão, na temporada de 2006/07. Esta volta por cima está ligada — por coincidência ou não — à ascensão da política de seu representante notório, o que faz do clube o mais odiado de toda a Turquia.

Nem sempre foi assim: fundado no início da década de 20, o Kasımpaşa era um clube comum de uma das regiões mais pobres e tensas de Istambul. Devido à participação de sucesso de seus atletas de luta-livre nos Jogos Olímpicos de 1948, teve a honra de poder utilizar o símbolo da Estrela Crescente em seu escudo. Com a criação da Süper Liga, em 1959, e a queda à segunda divisão em cinco temporadas, o clube seguiu a conhecida cartilha de declínio, como tantos outros, inclusive chegando a disputar campeonatos amadores.

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Advogada, formada pela USP, mas jura que é legal sem ser hipster. Zagueira que não corre porque posicionamento e carrinhos perfeitos são a chave do sucesso.

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