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Um simples olhar para o período de João Saldanha no comando da Seleção brasileira (entre 1969 e 1970) deixa uma dúvida em quem reflete sobre o caso. Como puderam os militares — tão atentos aos subversores — deixar um cargo de tamanha importância e visibilidade nas mãos de alguém filiado ao, então clandestino, partido comunista?
A campanha na Copa de 1966 sacudiu a elevadíssima autoestima do futebol brasileiro. Após o torneio, vários treinadores assumiram o comando do time para depois serem dispensados após uma partida apenas. Tratava-se de um cargo instável e abalado pela falta de democracia no país após o Golpe Militar de 1964. Dadas as severas críticas ao futebol apresentado na Copa da Inglaterra e nos anos posteriores, fez-se necessária uma escolha emblemática. Vicente Feola e Aymoré Moreira — os dois últimos campeões mundiais pelo Brasil — já não bastavam. Era preciso alguém popular, que se comunicasse com 90 milhões de pessoas.
O anúncio de João Saldanha pela CBD (então presidida por João Havelange) aconteceu em pleno governo de Costa e Silva. O general e presidente concordou com a nomeação. Foi através do Capitão José Bonetti que Saldanha ficou sabendo da benevolência do comandante nacional: “Eu fui chamado para a Seleção e o Bonetti — de quem eu nunca tinha ouvido falar — colocou a mão no meu ombro esquerdo e disse que o General sabia tudo sobre mim — referindo-se às prisões e ao meu perfil. Eles queriam isso mesmo, uma aproximação, uma coisa mais popular. Eu disse que tudo bem.” — relatou o ex-treinador, no programa Roda Viva, em 1987.
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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.
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