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Siga el baile

Cristina Kirchner conseguiu na Argentina o que parecia improvável em qualquer país tradicionalmente boleiro: apropriar-se do futebol local como forma de alimentar a propaganda oficial do governo em troca de transmissões “gratuitas”, pagas pelos contribuintes, claro, fossem eles torcedores ou não. No entanto, é preciso contextualizar profundamente para entender o que provocou a intervenção do Estado. Um baile sem fim.

Dinastia Verón

Buenos Aires, 13 de dezembro de 2006. O Estudiantes de La Plata, que conseguiu terminar o campeonato empatado com o Boca Juniors, disputaria a final contra os Xeneizes em campo neutro, no Estádio José Amalfitani, do Vélez Sarisfield em Liniers. O Boca precisava ter empatado apenas um de seus últimos três jogos para ficar com o título, mas o time comandado por Ricardo La Volpe — técnico que substituiu Alfio Basile, que tinha ido para a Seleção Argentina — acabou perdendo os três encontros e foi obrigado a decidir com o Estudiantes o título que parecia ganho.

Liderados por Juan Sebastián Verón, que retornou ao clube que o revelou, onde também jogou seu pai nos anos 60 e 70, o Estudiantes tinha contratado Diego Pablo Simeone para comandar o Pincha. Diziam que, por interferência de Verón — que, após acertar com o time do coração, passou a ter influência nas decisões do clube —, Simeone foi o escolhido para comandar o time naquele campeonato.

Verón, obviamente capitão do time, levantou o caneco. Título que o clube não conquistava desde 1983. Ele ainda conquistaria a Libertadores de 2009 e outro título nacional em 2010. Após se aposentar definitivamente do futebol, em 2014, La Brujita se candidatou à presidência do Estudiantes de La Plata, vencendo o pleito com 70% dos votos.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.

1 Comment

  1. julianoortiz

    agosto 08, 2021

    “Grondona, por fim, morre” foi o melhor título. Ardiloso, mas genial. Haha

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