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A lição suprema de Pelé para jornalistas

Todo brasileiro foi um aprendiz do Rei do Futebol

Edson Arantes do Nascimento ganhou os jornais pela primeira vez em setembro de 1956, e saiu de cena estampando todas as primeiras páginas do planeta, no apagar das luzes de 2022. Nesses quase 70 anos, Pelé distribuiu inúmeras lições para os admiradores mais atentos. Menos em suas declarações, que por vezes resvalavam na canela e saíam pela lateral, e mais com suas atitudes.

O jornalista Mario Filho, por exemplo, fez todo um tratado sobre o preconceito racial no Brasil ao acompanhar o amigo Pelé em casa, cercado pelo amor de sua família. Sua tese está no livro “O negro no futebol brasileiro”, até hoje um dos mais importantes e mais citados por aqui. Outros fãs, contudo, estiveram ainda mais próximos do Rei, e voltaram com lições dolorosas para contar: os zagueiros.

Foi o caso de um jovem defensor de Olaria, que ganhou respeito e uma vaguinha no Vasco da Gama treinado pelo mítico Elba de Pádua Lima, o Tim. Num sábado qualquer, 17 de outubro de 1970, o Vasco recebeu o Santos no Maracanã, e o modesto zagueiro Joel, 21 anos, aceitou a cruel missão de marcar o camisa 10 tricampeão mundial.

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Dunlop gosta de samba, crônica e futebol, de preferência no mesmo domingo. Lançou “Verissimas” (2016), "Crônicas flamengas" (2020), “O mau humor de chuteiras” (2022) e “O homem que morava no Maracanã” (2023).