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Ato 8: Roberto Baggio

Poucos jogadores precisaram disputar uma Copa do Mundo cujo objetivo máximo era, mais do que ser campeão, vingar-se de um castigo que a vida lhe impôs. Zico não teve essa chance. Beckham pôde, em 2002, de certa forma, lavar a alma ao fazer o gol da vitória sobre a Argentina, que eliminou a Inglaterra quatro anos antes, “ajudada” pela expulsão do Spice Boy. Era uma questão de honra enfrentar aquele pesadelo.

Não é uma escolha encarar os próprios fantasmas ou viver eternamente com a assombração daquele lance, aquela diferença milimétrica entre sucesso e fracasso, entre glória e tragédia. Poucos podem se redimir diante da História. 

Roberto Baggio chegou à Copa de 1998 com 31 anos. Era o seu terceiro e, provavelmente, último Mundial. Ele sabia disso. Toda uma geração do futebol italiano teve aquela chance de ser campeã e dificilmente chegaria à próxima edição no melhor de sua forma ou, pelo menos, em altíssimo nível. Pagliuca, Maldini, Costacurta, Albertini, Dino e Roberto Baggio eram os expoentes de uma geração que poderia ter sido tetra antes do Brasil e que amargou um terceiro lugar em casa, em 1990.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.