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Ato 1: Zidade

Autor de dois gols dos franceses no 3 a 0 da final que deu o título diante do Brasil, o campeão mais recente e em busca do pentacampeonato, Zidane conseguiu a glória que poucos puderam saborear. Porém seu caso foi singular. Mais do que fazer os gols que praticamente garantiram a Copa do Mundo para a França, Zizou teve uma glória pessoal ao se redimir de uma expulsão que provavelmente sentenciaria a sua carreira em caso de uma eliminação nas oitavas-de-final.

O camisa 10 ainda não havia se consolidado como grande estrela, apesar de já estar havia duas temporadas na Juventus, com atuações sublimes pela Velha Signora. Mesmo assim, a imprensa atribuía mais protagonismo para Youri Djorkaeff, que tinha 30 anos, quatro anos mais velho que Zizou.

A história mostrou que Zidane tinha um teto muito mais alto que de Djorkaeff, mas, àquela altura, o país que condenou uma dupla do calibre de Cantona e Ginola após a eliminação na Copa do Mundo de 1994, não teria piedade de Zidane, inclusive por suas raízes argelinas. Na França, ter origem árabe não é um detalhe. As comunidades argelinas e marroquinas são marginalizadas historicamente e ninguém se esqueceria daquela expulsão de Zidane, após pisar em Fuad Anwar, da Arábia Saudita, na segunda rodada, num jogo que já estava 3 a 0 para os franceses.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.