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As veias abertas de um “planisférico” racista

A representação colonialista e do ódio racial global através do futebol

Qual o lugar do negro no futebol? O discurso de aceitação de negros como abrandamento de racismo a partir da presença de atletas afrodescendentes não cola. Por quê? Pela nítida carência de ex-atletas exercendo cargos superiores à função de jogadores. O retrato mais cruel dessa realidade se dá a partir do número de treinadores negros que comandaram e comandam as seleções africanas. Ali a representação colonial sempre esteve presente — ao longo do século XX e dos anos que se segue..

Desde um insulto até o holocausto. Do preconceito ao ódio. O nível de manifestação é diferente, mas existem lugares silenciosos onde o racismo quase não é percebido, ou quando o é, logo é justificado com argumentos superficiais, caindo em lugares comuns como a vasta presença de jogadores no futebol brasileiro ou o fato do maior jogador tupiniquim ter sido um negro. Racismo não é somente o que acontece no Leste europeu ou na Rússia quando as torcidas se manifestam contra jogadores negros do próprio time com insultos, ameaças ou lhes atirando bananas.

Como explicar então a escassez de treinadores negros no futebol, não apenas no Brasil, mas a nível global? Talvez os próprios negros não se sintam confortáveis em, primeiramente, exercer uma função de liderança ou serem liderados por outros negros. Afinal, a história sempre colocou o homem branco em posições superiores.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.

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