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The Black Power e a ventura de Jair

Memphis, 4 de Abril de 1968. Conhecido sobretudo por seus longos e poderosos discursos, Martin Luther King Jr, um dos maiores ativistas negros da História — senão o maior — era assassinado junto com seu sonho. Os atletas negros Tommie Smith e John Carlos — acompanhados do australiano Peter Norman — vestiram luvas pretas e protestaram no pódio das Olimpíadas do México, em outubro daquele mesmo ano, abaixando as cabeças e erguendo os punhos direitos fechados no ar. A história da ininterrupta luta negra por igualdade de fato demonstrava que o impacto e relevância poderiam ser alcançados de variadas formas, até mesmo sem nada falar.

Dois anos depois dos Jogos, o México recebia a nona edição da Copa do Mundo. Lá, ao marcar gols em todas as partidas da campanha brasileira — recorde único —, Jairzinho não saiu apenas com a medalha de campeão: agora era o Furacão. No torneio seguinte, na Alemanha, outra mudança: Jair pôde desfilar em um mundial o vasto cabelo ​Black Power​, proporcional ao seu talento.

Ele deixou seu cabelo crescer a partir da saída do técnico João Saldanha da Seleção, poucos meses antes da Copa de 1970, pois o técnico acreditava que o ​Black Power​ prejudicava o cabeceio, amortecendo a bola, proibindo seus comandados de usá-lo. Há um vídeo da época que circula no Youtube, no qual Saldanha explica a sua tese. Anos depois dessa polêmica, Jairzinho afirmou em entrevista que o ​Black Power​ não o atrapalhava em nada.

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