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Quando a seleção da Bósnia fundou o país

Antes de ser um país reconhecido pela ONU, a seleção bósnia viajou para um tour humanitário para chamar a atenção do mundo ao que se passava ao redor de Sarajevo. Foi o princípio de um novo país e o primeiro degrau na afirmação de uma nova e surpreendente potência regional.

Meses depois da assinatura do Acordo de Dayton, a Bósnia subiu ao relvado como seleção de um estado oficialmente reconhecido pelo mundo. Nessa histórica noite, 30 de novembro de 1996, em Tirana, capital da Albânia, o futebol europeu recebia um novo membro.

A equipe perdeu o jogo, mas ganhou o direito de sonhar com a eternidade. Foi a consequência do fim do longo e angustioso processo de paz que colocou um ponto final na Guerra dos Balcãs. Foi também o triunfo de uma seleção que tinha passado os anos anteriores lutando nos campos de futebol da Europa pela independência de seu país.

Em 1993, enquanto o conflito continuava a provocar mortes e devastação na antiga Iugoslávia, uma série de jogadores bósnios reuniram-se para uma missão muito especial. As novas autoridades do país tinham decidido utilizar o futebol como uma ferramenta diplomática. Tal como a Argélia fizera quase quarenta anos antes, os bósnios iriam atuar numa seleção oficiosa em vários amistosos, na jornada que ficaria conhecida como o “Tour Humanitário das Estrelas Bósnias”.

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Jornalista e escritor. Autor dos livros “Noites Europeias”, “Sonhos Dourados” e “Toni Kroos: El Maestro Invisible”, “Sueños de la Euro” e “Johan: a anatomia de um gênio” Futebol e Política têm tudo a ver, basta conectar os pontos. O coração de menino ficou no minuto 93 da final de Barcelona. Estudou comunicação na Universidade do Porto.