Nenhum produto no carrinho.
Em 1945, a ocupação soviética na Hungria forçou o país magiar a ser incluído dentro da esfera de influência exigida por Josef Stalin nos acordos de paz do pós-guerra. Para muitos húngaros, essa decisão marcou um ponto de inflexão nas suas vidas. Muitos não estavam dispostos a viver em um país controlado por um regime comunista fantoche dos interesses de Moscou, onde os direitos individuais eram usurpados a favor de uma diretriz coletivista. Para a maioria, o exílio era a única solução. Nos anos seguintes foram vários os que optaram por abandonar o país, em alguns casos deixando para trás as famílias e correndo grave perigo cada vez que cruzavam a fronteira com a vizinha Áustria. Entre esses refugiados estavam alguns dos melhores futebolistas profissionais do país, com a sua grande estrela individual, László Kubala, na liderança. Dessa fuga desesperada nasceria o Hungaria FC, o primeiro super-clube de caráter internacional do futebol mundial.
A imprensa italiana os chamava de ORI [Organização de Refugiados Internacionais], mas a história para sempre lembrará deles como o Hungaria FC. Como contou Jonathan Wilson no livro Behind the Curtain, com o passar dos anos os húngaros deixaram de ser exclusivos, mas seriam sempre o motor de um curto projeto que tinha apenas uma missão: dar voz aos atletas exilados do regime comunista húngaro e perseguidos pela própria FIFA. Tudo tinha começado em 1948. Nos dois anos anteriores, o êxodo de atletas húngaros tinha aumentado e a federação começou a pressionar a FIFA a intervir no assunto. Muitos tinham optado por seguir para a Itália, não só pela proximidade geográfica, mas também porque a Serie A era uma liga competitiva, exigente e que pagava bem aos seus profissionais. E poucos jogadores eram tão requisitados como os húngaros, finalistas do Mundial de 1938 — vencido pela própria Itália — e parte da elite continental por décadas.
Jogadores húngaros em 1949: Gellér, Kovács I, Kovács II, Hidekguti, Mészáros (que se juntaria ao Hungaria FC, Bosánsk e, o técnico, Márton Bukovi.
Foto: Martin Kovacs Erno/Fortepan
Faça login ou crie uma conta abaixo. É GRÁTIS!
Criando uma conta, você tem acesso GRATUITO e ILIMITADO a todos os textos de todas as edições da revista.
Jornalista e escritor. Autor dos livros “Noites Europeias”, “Sonhos Dourados” e “Toni Kroos: El Maestro Invisible”, “Sueños de la Euro” e “Johan: a anatomia de um gênio” Futebol e Política têm tudo a ver, basta conectar os pontos. O coração de menino ficou no minuto 93 da final de Barcelona. Estudou comunicação na Universidade do Porto.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |