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Um craque ímpar

A simplicidade e a complexidade de Fyodor Cherenkov

“O Fyodor foi um ídolo durante a minha infância. (…) Quando estive no Spartak e joguei ao lado do Fyodor, foi algo semelhante a ficção científica. (…) Beskov o colocava sempre como um exemplo para todos nós.”
— Aleksandr Mostovoi

O dia sete de outubro de 2014 não foi um dia como os outros. O céu estava cinzento e o frio do inverno russo já se fazia sentir. Jogadores, antigos futebolistas, jornalistas, adeptos e amigos — uns jovens e outros nem tanto, uns que viveram de perto a magia do “Jogador do Povo” e outros que apenas ouviram histórias sobre a sua forma de fazer arte — estavam presentes para o último adeus ao mais amado de todos os Spartakovets: o incomparável Fyodor Cherenkov.

Os números não oficiais apontam para cerca de vinte mil pessoas em um funeral sem precedentes na Rússia dos nossos dias. Pessoas comuns, a maioria sem qualquer ligação ao futebol, juntaram-se por umas horas, deixando para trás ideologias, credos e preferências clubísticas, apenas para despedir-se daquele que terá eventualmente sido o mais talentoso jogador russo de toda a história. O complexo esportivo do Spartak Moscou, em Skolniki, foi pequeno para acolher a multidão. As pessoas esperaram horas em uma extensa fila para se despedir do corpo de Fyodor Cherenkov. Os seus amigos próximos estavam todos lá, incluindo o antigo internacional soviético — e posteriormente diretor do Spartak Moscou — , Sergey Rodionov, com quem até partilhou a sua única experiência futebolística fora da URSS, para representar o Red Star de Paris, em 1990.

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Natural da cidade do Porto, foi talvez o Rinat Dasayev que fez crescer a paixão pelo futebol soviético quando ainda sonhava vir a ser um grande guarda-redes, mas foram possivelmente os dois golos do Radchenko e a classe do Shmarov no Santiago Bernabéu, há vinte e cinco anos atrás, que me transformaram num consumidor ávido do futebol que se joga pelo leste da Europa. Apaixonado por Punk Rock e professor de inglês durante o dia, redactor de futebol de Leste e anti-acordo ortográfico depois do sol se pôr.

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