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Paixões unidas: Dinheiro, poder e futebol

Em meio à renúncia de Joseph Blatter, prisão de dirigentes e investigação de membros da FIFA, filme financiado pela entidade é lançado nos EUA, mostrando involuntariamente a sua verdadeira face: a união de outras paixões, na qual o jogo é apenas o meio para se chegar até elas

Como bem disse certa vez o jornalista inglês Andrew Jennings, autor do livro “Jogo Sujo”, o filme Paixões Unidas tem a clara e manifesta intenção de limpar a imagem daqueles que sujaram o jogo. A produção é francesa e foi financiada pela FIFA. O mais curioso é o timing do lançamento. Dias após a renúncia de Joseph Blatter, o filme que se propunha a melhorar a imagem dos dirigentes da instituição caiu como uma piada de € 16 milhões, valor referente ao custo da produção.

No programa “Last Week Tonight”, o apresentador John Oliver foi brilhante ao abordar o assunto na semana do lançamento. Ele disse não saber o que mais lhe chamou a atenção: se foi a prisão de executivos da FIFA ou o envolvimento dos EUA no caso, um país que pouco se importa com futebol, apesar do pujante crescimento da MLS. O FBI interceptou os dirigentes que praticavam corrupção privada, que é crime nos Estados Unidos, mas não é no Brasil, por exemplo, por conta da realização da Copa América Centenário que aconteceria em solo americano em 2016. A partir do Fifagate, identificaram-se vários outros crimes, como a compra de votos para a definição da sede da Copa do Mundo.

O ponto alto do programa de John Oliver foi a constatação de que o mundo inteiro passaria a ver os EUA com outros olhos, caso as investigações chegassem até Blatter. Contudo, as chances de mudanças substanciais na FIFA, segundo Oliver, também seriam potencializadas caso os atuais patrocinadores da entidade resolvessem retirar seus apoios econômicos, pois são dos principais ativos da Copa do Mundo FIFA que as marcas se beneficiam com a visibilidade de alcance global do evento.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.

1 Comment

  1. julianoortiz

    dezembro 20, 2021

    O livro do Romário – “Um olho na bola, outro no cartola” – tem cada coisa que vou te falar, enoja. Os caras são sujos e corruptos ao extremo.

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