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Juca Kfouri

Confissões de uma derrota vitoriosa

Juca atendeu prontamente o pedido de entrevista por WhatsApp. Dá pra lembrar a primeira vez que Juca recebeu em mãos a revista, agradeceu cordialmente e parabenizou: “Muito obrigado! Vocês são heróis”. Não há heroísmo nenhum em fazer o que a Corner faz em tempos democráticos. Tão democráticos que se permitem pensamentos nada democráticos, que chegam a abalar a democracia. Juca viveu nos tempos que falar em democracia era crime. Ser jornalista era uma profissão delicada. Isso sim é heróico.

A entrevista foi em seu apartamento no nobre bairro de Higienópolis, em São Paulo, ele recebeu a Corner, abriu as portas e saudou aqueles dois “garotos“ que iam entrevistá-lo com um firme aperto de mão de quem jogava basquete. Sua altura chama a atenção também. Mostrou a sua sala, com uma grande área decorando a parede. Vestiu sua camisa, sentou-se. Uma linda vista que permite ver o Pacaembu ao fundo e sua paisagem urbana num entardecer paulistano.

Juca foi personagem de um time, jogava com o que tinha em mãos: caneta, papel e máquina de escrever. Foi um dos pilares daquilo que ficou conhecido como Democracia Corinthiana. Talvez, sem ele, não tivesse existido. Não só o nome foi dele, como o principal veículo impresso da época obedecia a ele. A Placar foi uma espécie de assessoria de imprensa do movimento que excedeu os limites das quatro linhas, que foi pras ruas e trouxe das manifestações políticas uma revolução para o futebol, um ambiente historicamente conservador.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.

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