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Do outro lado da baía

Como a indústria da carne forjou o “terceiro grande” do Uruguai

O Uruguai é um terreno fértil para dicotomias, como se todos os âmbitos da vida do país tivessem somente duas visões opostas e nada mais. Desde os seus primórdios como nação independente [1828], Blancos [Partido Nacional] e Colorados [Partido Colorado] dominaram a vida política, alternando-se à frente do governo e impondo-se como os dois únicos donos do tabuleiro de xadrez que se tornou a disputa pelo poder nos lados da Banda Oriental, até a ascensão da Frente Ampla.

A pobreza do interior pouco desenvolvido contrasta com a importância da capital. Ao concentrar quase metade dos habitantes do país, Montevidéu se afirmou tal qual um oásis em meio à formação demográfica uruguaia e, ao longo do tempo, monopolizou as oportunidades, o crescimento, a indústria, a economia e a cultura.

Em um palco onde o antagonismo dá o tom às relações, Nacional e Peñarol se destacam como a síntese desse DNA bipolar no âmbito futebolístico. Suas cores colocam frente a frente [quase] duas metades de um país cuja história se confunde com a do jogo. Bolsos e Manyas ocupam o espaço dos clubes gigantes que, como tudo por esses cantos, parecem não poder passar de dois.

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Jornalista graduado pela FACHA. Gaúcho que vive no Rio (mais um). “Goleira” é o conjunto de traves, “gol” é quando a bola entra. Tem uma queda pelo futebol cantado em castelhano e geralmente joga melhor quando ninguém está vendo. Amante de futebol, música, história, cinema, fotografia e apaixonado pelo jornalismo. Do pescoço pra baixo, tudo é canela.

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