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Do milagre de Córdoba à vergonha de Gijón

A segunda fase de grupos do Mundial de 1978 chegava à sua última rodada. Os atuais campeões da Alemanha Ocidental tentariam progredir na competição contra a já eliminada Áustria, que chegava a Córdoba depois de perder para a Itália em Buenos Aires. Apesar da falta de aspirações no torneio, os austríacos tinham motivações históricas para o jogo: jamais haviam vencido a Alemanha desde que o país conseguiu dissociar-se do Reich. Poucas vezes a história do futebol registrou tamanho empenho num time que jogava apenas para cumprir tabela.

A improvável vitória da Áustria por 3 a 2 não apenas eliminou a Alemanha como também resgatou o orgulho da população do país. Após o gol da vitória, o narrador Edi Finger esgoelava-se para transmitir ao mundo o sentimento que refletia o espírito de boa parte dos austríacos na ocasião: “I wer’ Narrisch!” [em tradução livre, algo similar ao brasileiríssimo “Ah, eu tô maluco!”]. Na Áustria, a frase tornou-se um mantra e, no folclore futebolístico local, a heroica partida passou a ser lembrada como “O milagre de Córdoba”.

Quatro anos mais tarde, na Espanha, os dois países voltavam a disputar uma edição de Copa do Mundo. Coincidências à parte, Áustria e Alemanha Ocidental caíram no mesmo grupo, junto com Chile e a debutante Argélia. A estreia dos bicampeões mundiais aconteceria justamente contra o time africano.

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Jornalista por formação, músico por insistência. Jamais desperdiçou uma cobrança de pênalti e lamenta que a torcida brasileira não possua gritos de guerra intimidadores para jogos da Seleção. Otimista por excelência, ainda acredita no futebol-arte, se diverte com o Brasileirão e se emociona com jogadores emocionados.