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Ato 10: Croácia

Este ato poderia ser só sobre Thuram, o jogador francês nascido no departamento ultramarino de Guadalupe, no Caribe, afinal, ao marcar dois gols na semifinal daquela Copa do Mundo, em pleno Saint-Denis, foi ele quem estragou o sonho da emergente seleção croata, um país que herdava praticamente metade da cultura futebolística da antiga Iugoslávia, bem como metade dos craques iugoslavos.

Thuram, espelho de uma França colonialista e ultramarina, foi o responsável direto pelo sonho francês de conquistar uma Copa do Mundo. Afinal, para chegar na final, é preciso atravessar a semifinal antes. Sem Thuram, não existiriam os dois gols de Zidane e o terceiro de Petit contra o Brasil, no mesmíssimo Saint-Denis, dias mais tarde.

Mas se Lilian Thuram se tornou herói foi porque, naquela semifinal, havia uma surpreendente Croácia, que mostrava uma força realmente inesperada para uma seleção estreante.

A Croácia tinha tudo para “decepcionar”, apesar dos bons jogadores que levou no elenco daquela Copa. Era uma seleção sem tradição, afinal era a primeira vez que o recém-fundado país disputava um Mundial. A desintegração da Iugoslávia estava em curso, embora a nação iugoslava ainda existisse com esse nome. Só de existir como estado soberano e poder jogar uma Copa já era uma glória nacional.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.