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Judenklub

Os clubes dos judeus

Alguns clubes na Europa são relacionados com judaísmo. Um deles é o MTK Budapeste, que foi fundado por judeus. Entre os clubes menores da Europa, em termos continentais, um outro emblema muito associado com a comunidade judaica é o Slavia Praga. No entanto, o clube recebeu essa alcunha pelos torcedores rivais do Sparta sem muita relação com a comunidade semita e, na realidade, o clube tcheco fundado por judeus era o DFC Prag, extinto com a ocupação nazista na Tchecoslováquia.

Os mais emblemáticos são Ajax, multicampeão europeu, e o Tottenham, um dos grandes clubes londrinos. Cada uma dessas agremiações acabou tendo uma aderência por parte da comunidade judaica de Amsterdã e de Londres e suas torcidas acabaram virando alvo de anti-semitismo, ao mesmo tempo em que manifestam orgulhosamente a relação com o judaísmo.

Em visita ao espaço Ajax Experience, no centro de Amsterdã, existe um espaço reservado para a questão. O posicionamento oficial do clube é de abertura religiosa, política e étnica, e essa era a mensagem no display, que indagava: Ajax, um clube judeu? A resposta a essa indagação, no entanto, se dá — extra-oficialmente — pelos gritos Jonden! Joden!, mostrados no documentário independente Superjews, da israelense — e holandesa — Nirit Peled. Um orgulho judaico por parte dos ajacieden, e manifestações anti-semitas por parte dos torcedores rivais do Feyenoord. No entanto, o verdadeiro clube judeu de Amsterdã é o WV-HEDW [Wilhelmina Vooruit Hortus Eendracht Doet Winning], um clube amador fundado por judeus em 1908, que freqüenta a sexta e a sétima divisão do futebol holandês. A relação entre Ajax e a comunidade judaica se deve à localização do seu antigo estádio, próximo de um bairro judeu. Além disso, a Amsterdã era historicamente conhecida como uma Mokum, termo em íidiche para ”lugar“, semanticamente entendido como refúgio seguro.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.

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