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A figura de Cláudio Coutinho desperta, no mínimo, duas interpretações bem dicotômicas. Há quem o enxergue como um tecnocrata, que engessou o futebol da Seleção Brasileira dentro de conceitos europeus; e há quem o veja como o responsável intelectual pelo melhor time da história do Flamengo, que jogou um futebol genuinamente brasileiro e foi base do time canarinho em 1982, aquele que, segundo muitos, executava o jogo tupiniquim na sua essência.
A seleção de 1982, apesar de contar com a base do Flamengo montada por Cláudio Coutinho, era desprovida do comprometimento tático que ele impunha em diferentes medidas com o passar do tempo. O time convocado por Telê Santana jogava num estilo mais solto, muito mais preocupado com a bola nos pés do que sem ela. À diferença de 1970, quando jogadores com características similares foram adaptados a outras funções mais recuadas, abertas ou avançadas, na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, Cerezo, Sócrates, Falcão e Zico povoavam o mesmo setor, e isso desequilibrava um time que contava com dois laterais ofensivos e incrivelmente técnicos como os rubro-negros Leandro e Júnior.
Toda derrota no futebol brasileiro tem um peso extremamente desproporcional, assim como as vitórias. O resultadismo cultural brasileiro vem de longe, e 1982 foi um desses episódios que quase fugiram à regra, afinal trata-se de uma seleção recordada ad-eternum, mas existe um outro componente que segue vigente que é a incapacidade de entender que no futebol, muitas vezes, perde-se e que, ainda mais, o outro ganha. E a Itália ganhou. Não foi o Brasil que perdeu. Os dois jogam, um vence e o outro perde, mas essa lógica é vista sempre na transversal pelos brasileiros.
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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.
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