Carrinho de compras

Nenhum produto no carrinho.

Der Präsident

A grandeza esquecida do gigante bávaro na figura de Kurt Landauer

Para muitos torcedores alemães, o FC Bayern representa toda a arrogância do mais pitoresco caráter bávaro. Diz a lenda nacional que os habitantes da Bavária são demasiado rudes e orgulhosos, simplesmente porque pertencem àquelas porções de terras ao sul do país. Generalizações à parte, não foi exatamente o suposto orgulho ariano — propagado por rivalidades regionais — que levou o FC Bayern a ser o gigante que é hoje.

Nascido em uma família de comerciantes judeus, Kurt Landauer chegou a jogar nas categorias de base do clube, mas abandonou a prática do futebol para estudar economia na Suíça. De volta à Alemanha, elegeu-se presidente do Bayern de Munique em 1913. Seu plano era instaurar a profissionalização do futebol no país, apesar da forte resistência da maior parte das agremiações esportivas, que temiam a perda de força regional. Felizmente — para estes últimos —, Landauer renunciou ao posto para defender o país nos frontes de combate da Primeira Guerra Mundial.

Kurt não apenas sobreviveu ao conflito como também reassumiu, em 1919, o posto que havia deixado anos antes. Sua volta ao cargo máximo do clube não agradou a todos, naturalmente. Enquanto a maior parte do quadro de associados do Bayern clamava pela construção de um novo estádio, o presidente fez valer seu comando em favor de sua proposta pessoal de investir no time. Sob a égide da profissionalização, o clube evolui ao longo da seguinte década com triunfos nas divisões regionais que disputava. O título nacional era uma questão de tempo: ele chegou em 1932, depois de uma vitória por 2 a 0 sobre o Eintracht Frankfurt.

Faça login ou crie uma conta abaixo.

Criando uma conta, você tem acesso GRATUITO e ILIMITADO a todos os textos da Corner.

  

Leia também:
Dinamitado
Dinamitado

“Ei, você aí, o Dener já morreu, só falta o Valdir!”, naquele Flamengo e Vasco válido pelo quadrangular final do ... (Continue lendo)

Razzismo
Arte: Guga Dias da Costa

O fascismo no calcio Os insultos racistas estão arraigados nos estádios da velha bota. De acordo com os estudos de ... (Continue lendo)

Jornalista por formação, músico por insistência. Jamais desperdiçou uma cobrança de pênalti e lamenta que a torcida brasileira não possua gritos de guerra intimidadores para jogos da Seleção. Otimista por excelência, ainda acredita no futebol-arte, se diverte com o Brasileirão e se emociona com jogadores emocionados.