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Altona 93, o novo St. Pauli

Os rebeldes do futebol alemão

A partir dos anos 1990, o FC St. Pauli se transformou no clube alternativo do futebol europeu por excelência. Capaz de congregar militantes libertários, filhos da cultura punk e marxistas, o clube de Hamburgo era o último reduto dos alternativos. Era. Porém, quem quer atravessar o lado selvagem do futebol o faz com as cores do Altona 93!

A caveira nas paredes, o grito nos pulmões. Nas arquibancadas, não há como enganar-se. Velhos resistentes da cultura punk, com as suas jaquetas de couro, tatuagens e memórias de outros tempos. Uma bandeira com o “arco-íris” gay, tão pouco habitual nos estádios, e um grupo de transexuais pulando ao som de um punk rock apesar do frio. Há camisas do Che Guevara, de Lenin, Marx e de piratas. Num cenário mais parecido a um festival de rock alternativo, o futebol é a religião. Podíamos estar falando do Millerntor-Stadion e de seus fãs mais hardcores do futebol europeu, mas não estamos falando dos rebeldes do FC St. Pauli.

Em vez do histórico recinto da zona portuária de Hamburgo, o pouso perfeito para os outsiders do futebol, este grupo inesperado de torcedores se reúne regularmente um pouco mais ao sul, no Adolf-Jäger-Kampfbahn. O estádio do Altona 93, o clube que se transformou no novo St. Pauli do futebol alemão, o novo reduto dos rebeldes mais radicais da comercialização do beautiful game.

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Jornalista e escritor. Autor dos livros “Noites Europeias”, “Sonhos Dourados” e “Toni Kroos: El Maestro Invisible”, “Sueños de la Euro” e “Johan: a anatomia de um gênio” Futebol e Política têm tudo a ver, basta conectar os pontos. O coração de menino ficou no minuto 93 da final de Barcelona. Estudou comunicação na Universidade do Porto.