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O herói marginal

O dia 26 de março de 1959 é histórico não apenas para o futebol brasileiro, mas fundamental como um marco de virada da autoestima do país. Nesta exata data, mais precisamente em solo argentino, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, a seleção nacional começou a quebrar um estigma que ainda assombrava a nação: o complexo de vira-latas. Termo criado pelo dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, que se referia ao trauma sofrido pela derrota na final da Copa de 1950 para os uruguaios, em pleno Maracanã.

Engana-se quem acredita que o título de 1958, na Suécia, afastou esse sentimento. “Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima”, disse Nelson. Antes deste fatídico dia, os olhares de argentinos e uruguaios — esses eram bicampeões mundiais! — eram ainda de desdém. “Essa dupla representava na época a grande supremacia do futebol na América do Sul e nós não tínhamos a mesma popularidade”, confessou Silvio Luiz, um dos mais longevos repórteres esportivos brasileiros, testemunha ocular da história.

Pelé, Garrincha, Didi e outros craques estavam em campo para este jogo — cheio de revanchismo — contra o Uruguai pelo Campeonato Sul-Americano. Mas o homem que naquele dia subverteu o complexo de vira-latas atendia pelo nome de Almir Morais de Albuquerque, o Pernambuquinho, um dos jogadores mais controversos que o país já conheceu.

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