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100% branco

A xenofobia na Ucrânia

Kiev, 21 de abril de 2017. Dynamo e Shakhtar jogavam pela 26ª rodada do campeonato ucraniano. A faixa colocada pela torcida do Dynamo na mureta que separa a arquibancada do gramado era clara: 100% branco. A rivalidade entre os times também envolve questões nacionalistas e separatistas. Um caso análogo a Real Madrid e Barcelona, sendo o Dynamo o clube centralista, da capital, e o Shakhtar o clube da região que almeja a independência.

Donbass — região da qual Donetsk é a capital — tem uma população russófona, um resíduo russo em território ucraniano. A questão é anterior à União Soviética. Com a dissolução do regime socialista e a independência de várias das repúblicas que integravam o bloco, diversas regiões ganharam destaque econômico a partir das privatizações realizadas desde então. Assim, Donetsk se tornou um desses pólos e, não por coincidência, o presidente do Shakhtar é Rinat Akhmetov, um empresário que figura na lista dos homens mais ricos do mundo.

O futebol virou seu playground. Em 1996 se tornou presidente do clube e conseguiu, na sua gestão, elevar o Shakhtar ao topo do futebol ucraniano.. Durante o período soviético, o clube ganhou quatro copas enquanto o Dynamo conquistou nove, além de 13 títulos do campeonato da União Soviética. A discrepância de conquistas entre os times diminuiu com a chegada de Rinat e a injeção de capital no clube de Donetsk.

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Jornalista, publicitário e fotógrafo. Estudou comunicação social na Universidad Nacional de La Plata. Para Martinho, não existe golaço de falta (nem aquele do Roberto Carlos em 1997 contra a França ou de Petković em 2001 contra o Vasco). Aos 11 anos, deixou o cabelo crescer por causa do Maldini. Boicota o acordo ortográfico.

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